domingo, 28 de dezembro de 2014

Simon Tatham's Portable Puzzle Collection

Net
Achei o aplicativo Simon Tatham's Portable Puzzle Collection procurando por jogos matemáticos e de lógica. E o que melhor do que uma coleção deles. Não dá para enjoar, quando canso de um pulo para outro. Grande parte deles você já deve ter visto com outro nome.
Os que eu mais jogos atualmente é Pattern onde você tem que preencher uma grade dado apenas o comprimentos das carreiras em cada linha e coluna. É bastante desafiador às vezes.
Outro é Net cujo objetivo é formar uma rede toda conectada de modo que o fluxo alcance toda ela. A maneira de fazer isso é rotacionando os quadrados. E o que eu gosto mais, existe a opção de interligar as bordas, isto é, a rede não termina, continua do outro lado. Topologicamente podemos pensar como um toro.
Loopy, devemos formar uma curva fechada tendo como base a quantidade de arestas desta curva que passam em cada pedaço do tabuleiro.
Maps explora o teorema de comninatória que afirma que com apenas quatro cores é possível pintar qualquer mapa sem que as regiões vizinhas tenham a mesma cor.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Boyhood: Da Infância à Juventude

Boyhood já tinha passado no festival do Rio, mas eu não tinha tido a chance de ver como aconteceu com O Jogo da Imitação. Diferente deste último, o filme estreou rápido por aqui e pude vê-lo. O que me chamou a atenção para ele foi o fato de ter sido filmado em 12 anos mostrando realmente o crescimento do garoto.
Vendo o filme, fiquei pensando o que aconteceria se um dos atores, sei lá, ficasse famoso e desistisse do projeto. Meu sentimento se intensificou depois que descobri que a lei americana proíbe contratos que durem mais de 7 anos, então ninguém tinha contrato. Mas realmente quem aparece no filme é o menino, a irmã dele que é a filha do diretor, o Ethan Hawke (grande amigo do diretor) e a Patricia Arquette. Em certos momentos, pensei "Aí ela estava filmando Medium, o cabelo está igualzinho ao da série." Eu não fui a única que pensou nesses 'desastres'. O diretor Richard Linklater delegou a tarefa de terminar o filme caso ele fiesse a falecer durante esses 12 anos.
Uma das cenas que achei mais engraçado foi a conversa sobre futuros filmes de Star Wars, filmada em 2008. Coincidentemente, o filme foi lançado agora que começaram a trabalhar no filme.
O filme em si tem a cara do Linklater e o mesmo estilo da trilogia de Antes do Amanhecer com bastante conversa sobre a vida e relacionamentos e as visões nas diferentes fases da vida.

sábado, 13 de dezembro de 2014

O Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos


E finalmente chega ao fim a saga de Bilbo Baggins em O Hobbit - A Batalha dos Cinco Exércitos depois de três anos. Esse tipo de filme eu adoro ver na estreia porque é quando os mais aficcionados vão também e tem toda aquela energia que contagia a gente. Embora, dessa vez, acho que o que empolgou mais a plateia foi o trailer de Star Wars que passou antes.
O filme em si não empolgou tanto, tem cenas pontuais fantásticas, principalmente nas batalhas, que relamente impressionam, mas no geral não. O filme tem clima de épico, foi feito assim, mas teve um momento que eu achei épico demais que acabou estragando isso, ficou cansativo. O papel do hobbit é para contrapor isso, representando a simplicidade, mas acabou em segundo plano dando espaço para os humanos e elfos. O Legolas então, teve bastante espaço para ser Legolas e fazer aquelas coisas incríveis que ele está acostumado a fazer desde a Sociedade do Anel.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Saint Laurent

Reinaugurou a pouco tempo o cinema da uff e essa semana tive a oportunidade de conferir como ficou quando fui ver Saint Laurent. Está lindo e Niterói estava merecendo um lugar assim.
O filme conta a história do estilista Yves Saint Laurent no período de 1967 à 1976 na sua época mais promissora. Mas como biografia deixa um pouco a desejar. O que eu senti é que ele é ótimo para quem conhece a história dele e  entende as referências contidas no filme, mas para quem não conhece, como eu, fica um pouco picotada a história. Nas palavras do diretor Bertrand Bonello (de O Pornógrafo): "A maioria das biografias pretende retratar o homem por trás do mito. No meu caso, eu queria permanecer no mito." Acho que bem isso mesmo. Um destaque para a trilha sonora e a fotografia do filme.
Este foi o filme escolhido para representar a França no Oscar de 2015. Além deste, tem umoutro filme sobre o estilista, também deste ano,  chamado Yves Saint Laurent que eu ainda não vi.

domingo, 30 de novembro de 2014

Blendoku

Nem sei direito como eu achei esse jogo, se foi indicação de algum site ou no celular mesmo. O fato foi que eu adorei o Blendoku, um quebra-cabeça de cores.
O jogo consiste em colocar as cores disponíveis na paleta em ordem, ou degradê preenchendo os espaços vazios. Tem alguns que são bem fáceis, mas tem outros que são impossíveis. Além de achar a sequência certa, eu ainda quero fazer rápido e ganhar a estrelinha de fazer mais rápido que o record mundial. E até que eu bem.
Toda vez que eu jogo, eu penso que é um jogo perfeito para artistas que precisam ter uma sensibilidade para harmonia entre as cores. E penso em um amigo que tem daltonismo e não ia conseguir jogar de jeito nenhum. Mas eu soube agora que eles estão trabalhando numa solução para isso.


domingo, 23 de novembro de 2014

Antes da Meia-Noite


Desde que Antes da Meia-Noite saiu no cinema, eu estou me devendo. Na época não consegui ver por algum motivo que não lembro agora. E estava tão ansiosa para isso, porque adorei os outros dois: Antes do Amanhecer (que mostra a maneira inusitada que eles se conheceram) e Antes do Pôr-do-Sol (que conta o que acontece depois do primeiro filme, eu sei, isso é óbvio, mas não quero estragar a surpresa).
Enquanto os filmes anteriores relatam o desenvolvimento do relacionamento do casal, neste vemos uma relação já estabelecida e até desgastada pelos pequenos ressentimentos acumulados durante a vida que na hora da raiva vem à tona. Vemos um lado mais prático do relacionamente de lidar com as questões do dia a dia, o convívio entre eles, com os filhos, com os outros com o mesmo clima que eu tanto gostei nos outros filmes de falar as coisas abertamente. Mesmo na hora da briga, eles mantém a capacidade de abrir um com o outro.
Além disso, observamos três momentos da vida. O filho de Jesse, do primeiro casamento, na descoberta do amor, os dois vivênciando uma relação e o amigo de Jesse lidando com a perda da pessoa amada.
Agora uma cena que eu achei curiosa é quando o Jesse e os amigos estão falando dos livros que ele escreveu. É como uma crítica dentro do filme. E uma curiosidade é que o filme é dedicado a memória de Amy Lehrhaupt que inspirou o primeiro filme. O diretor passou uma noite conversando e caminhando pela Filadélfia com ela, como no filme. Apesar de terem mantido contado depois disso, acabaram por se afastar. Ele fez os dois primeiros filmes na esperança de reencontrá-la. (Já viu essa história, certo?) Mas nada aconteceu até 2010, quando um amigo dela, informou que ela havia morrido num acidente de carro pouco depois das filmagens do primeiro filme ter começado. Richard Linklater e Ethan Hawke ficaram arrasados quando souberam. Que bom que o filme tem um final melhor.

domingo, 16 de novembro de 2014

O Poderoso Chefão II


Assim como o primeiro filme, fui ver O Poderoso chefão II sem saber nada sobre a trama e o enredo. Achei que seria a continuação do primeiro filme da onde ele parou e me surpreendi em ver que ele se divide em dois momentos: o presente com Michael Corleone comandando os negócios da família e o passado de Vito Corleone saindo da Sicília e vindo para a América ainda criança e, mais tarde, começando seu império. Apenas a parte do passado de Vito Corleone estava no livro de Mario Puzo, a parte de Michael é um roteiro original, mesmo assim o filme ganhou o Oscar de roteiro adaptado.
E algo que me deixou bem feliz foi que o Copolla dirigiu este filme também. O primeiro filme teve tantos problemas que ele tinha desistido de dirigir a continuação, ficando só com a produção, mas voltou atrás após o estúdio ter rejeitado Martin Scorsese para o seu lugar. Não gosto do Scorsese e fico pensando em como esse filme passaria da lista dos melhores filmes para a dos piores se ele tivesse dirigido.
O que mais me chamou a atenção nesse filme foi como as escolhas de Michael o levam a solidão no final dos dois tempos narrativos. E já havia até uma pista disso no final do primeiro filme. Achei bem triste.

domingo, 9 de novembro de 2014

Caminhos Caóticos

Já tinha lido dois contos do autor, amigo de colégio Sandro Quintana, um é parte do livro 2013 - Ano Um e outro, chamado Deixando as Profundezas, em um blog e fiquei impressionada com o que li.
Caminhos Caóticos é um livro de contos dos mais diversos estilos: amores duradoures, outros nem tanto, policial, fantasia ou amores obsessivos. E tudo com muita sensibilidade, de uma forma bem criativa, principalmente na releitura de histórias já conhecidas como, por exemplo, a de chapeuzinho vermelho. Em alguns momentos com gostinho de infância, um que de ingenuidade e um final épico.
O conto que mais gostei foi O Corte Perfeito (que eu sempre leio corpo perfeito, Freud explica) sobre um jovem samurai em busca do corte perfeito com a sua espada. Outro fato interessante sobre o livro é que, no início, ele conta um pouco da inspiração para cada conto. Isso ajuda a entrar no clima de cada história, fez eu me sentir mais íntima de cada história, um pequeno aconchego.

domingo, 2 de novembro de 2014

Rio 2

Animação despretensiosa agrada (quase) sempre, é o caso de Rio 2. Falando assim parece que o filme tem algum problema, mas não. Coloquei o quase entre parenteses porque quando fui ver com alguns amigos, um deles ficou meio reticente em vê-lo pela falta de realismo do primeiro filme. Mais precisamente a parte em que os traficantes de animais invadem o desfile de carnaval do sambódromo, como se fosse fácil assim. Mas convenhamos, é um filme e uma animação, alguma falta de realismo é inclusive esperado (mas nem tento quanto em A Espuma dos Dias).
Já com família formada, a arara azul nada silvestre Blu e sua amada Jade resolvem ir para a floresta Amazônica ajudar Túlio e Linda a encontrar outro membro de sua espécie. Até então, eles acreditam serem os últimos. Junto com eles, vai a turma toda do primeiro filme a procura de talentos para o espetáculo de carnaval que estão querendo fazer. Chegando lá, encontram um velho conhecido, a cacatua Nigel, que quer se vingar de Blu. Quem o acompanha nessa jornada é a sapinha Gabi, apaixonada cegamente por ele, e o um tamanduá comilão.
A graça do filme é imaginar Blu, criado com hábitos humanos, metido numa floresta cheia de mosquitos e perigo. É muito divertido!

domingo, 26 de outubro de 2014

Apagando Incêndios - ou Como Pensam os Matemáticos

Considere duas seguintes situações.

Situação 1: Numa sala, tem algo pegando fogo. Tem uma garrafa de água em cima da mesa. Como fazer para apagar o fogo?


  1. Pegar a garrafa de água na mesa.
  2. Andar até o fogo.
  3. Abrir a garrafa.
  4. Jogar a água no fogo.
Simples, não?

Situação 2: Considere a mesma situação, só que a garrafa está em cima de um armário. Como proceder agora?
    1. Colocar uma cadeira do lado do armário.
    2. Subir na cadeira.
    3. Pegar a garrafa de água.
    4. Colocar a garrafa de água em cima da mesa.
    5. Proceder como no caso anterior.
    Não foi exatamente o que você tinha imaginado, não é mesmo? Mas é assim que os matemáticos pensam. Quando provando um teorema, tentam sempre recair num caso anterior que já sabem resolver.

    sábado, 18 de outubro de 2014

    O Exorcismo de Emily Rose

    Quando O Exorcismo de Emily Rose estreou, eu pensei que seria um outro O Exorcista e, como não gosto desse tipo de filme, nem dei muita bola. Só recentemente um amigo me falou que era um filme de tribunal, o que eu adoro, então resolvi assistir.
    O filme mostra o julgamento de um padre acusado de homicídio por negligência ao fazer um ritual de exorcismo em uma jovem. O filme é baseado em um caso real que ocorreu na Alemanha na década de 70. A advogada contratada pela arquidiocese para defender réu tem o se decidir entre cumprir as ordens ou defender o padre mesmo que isso custe o seu emprego. No decorrer do filme, os acontecimentos vão sendo explicados conforme os depoimentos no tribunal. O filme tem esse tema de fundo de terror, mas, na minha opinião, foge dos clichês desses filmes.

    sábado, 11 de outubro de 2014

    Pequenas Histórias

    Durante a Copa do Mundo, um garotinho vê um grupo de franceses passar por ele, todos com as cores azul, branco e vermelho nas roupas e na bandeira usada como capa. O menino comenta com a mãe:
        Mãe, eles estão falando um monte de coisa que eu não entendo.
    No que a mãe prontamente respondeu:
        É outra língua. É por isso que eu quis trazer você aqui. Para você ver essas coisas.

    ****

    Entro na livraria segurando a garrafa de água meio apreensiva de ser chamada atenção por causa disso. Não aconteceu. Na prateleira, me deparo com o livro "Manual Prático de Bons Modos Em Livrarias", intrigada coloco a garrafa no chão e abro em uma página aleatória. Está lá:
    Não sabe o que fazer com a garrafa/lata de refrigerante enquanto folheia um livro? Termine de beber lá fora e depois entre na livraria. 
    ****

    O telefone de casa está mudo. Ligo para a operadora para reclamar:

        O telefone aqui de casa está mudo.
        A senhora está falando da linha?

    Juro, fiquei tão perplexa com a pergunta que nem consegui responder.

    ****

    No Burger King, já quase na hora de fechar, peço o sanduíche uma batata grande. Logo depois de fechar o pedido e pagar, me arrependo e penso que poderia ter pedido onion rings em vez da batata. Nisso vem a atendente informando que a batata tinha acabado, se não poderia trocar por onion rings. Às vezes, coisas boas acontecem.

    sábado, 4 de outubro de 2014

    As Crianças Vermelhas

    Apesar do título, As Crianças Vermelhas é um filme em preto em branco, o segundo do dia. Ele faz parte da mostra Panorama do Festival do Rio. Aproveitei o horário próximo ao outro que eu queria ver mesmo e o fato de ser francês. 
    O filme quase não tem diálogos e a história é contada através de um narrador o que dá um tom de reflexão ao filme onde as angústias da vida. A narrativa é quebrada para dar lugar aos depoimentos dos personagens num tom meio documental. Garrance acaba de perder seu primeiro amor, Jonathan quer achar um sentido para sua vida e David enxerga o mundo atrás dos livros.

    sábado, 27 de setembro de 2014

    Quod Erat Demonstrandum


    Quod Erat Demonstrandum ou Q.E.D. é uma expressão usada pelos matemáticos para indicar o fim de uma demonstração e quer dizer 'como se queria demonstrar', mas é também o nome de um filme romeno sobre um matemático tentando o grau de doutor durante o regime comunista na década de 80.
    É claro que quando eu vi que o filme do Festival do Rio era sobre um matemático, tinha que ver. Para complementar o enredo, Soran é um matemático que teve uma brilhante ideia para sua tese de doutorado usando séries de Fourier. Alvo do serviço secreto, ela não consegue publicar seu trabalho e quer enviá-lo para fora para ser lido e reconhecido. Paralelamente, Elena, cujo marido foi morar na França, quer o passaporte para ir morar com ele.
    Filmado em preto em branco, o filme transmite a atmosfera tensa dos conflitos que vão se criando por decorrência disso. Confesso que as vezes ficava até um pouco cansativo, mas é o tipo de filme mesmo.
    Q.E.D.

    domingo, 21 de setembro de 2014

    Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia - Etapa Niterói

    Aconteceu nesse fim de semana mais uma etapa do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia em Icaraí, Niterói. A notícia eu já sabia a muito tempo, mas conforme foi se aproximando, comecei a notar uma falta de informação. Por exemplo, que horas começava, se ia ter distribuição de ingresso ou senha, que entre o intervalo de uma rodada e outra você tinha que sair e pegar uma fila enorme novamente para poder entrar mais uma vez correndo o risco de não conseguir. Confesso que essa última foi a que me deixou mais irritada, com as outras não me importei tanto.
    Lembro que a muito tempo atrás, quando eu ainda era criança, teve uma etapa do vôlei de praia em Icaraí e eu e meu irmão fomos assistir. Isso tem pouco uns 20 anos e como a infraestrutura mudou, óbvio. Fica muito mais fácil de ficar o dia inteiro vendo os jogos, se eles deixassem, claro.
    E é lógico também que as partidas vão ficando melhor conforme o torneio vai avançando. Vi algumas partidas preliminares e quartas de final. Destaco o jogo de Ricardo e Emanuel contra Márcio e Fábio Luiz. Ralis incríveis e jogadas sensacionais. Estava tão equilibrada a partida que foi para o tie break.
    Ágatha e Bárbara x Érica Freitas e Luiza Amelia na 1a fase

    Alison e Bruno x Benjamin e Gilmário na 1a fase

    Ricardo e Emanuel x Marco e Estevan do Chile na 1a fase

    Ricardo e Emanuel x Marcio e Fabio Luiz nas quartas de final
    Tentei pegar o bloqueio

    domingo, 14 de setembro de 2014

    Lucy


    Não tem como eu pensei em Lucy e não lembrar da música dos Beatles. E parece mesmo que ela está viajando em um céu de diamantes, em uma realidade fantasiosa onde as leis físicas que governam o mundo são melhor compreendidas devido a maior capacidade cerebral adquirida pela personagem durante o filme. O próprio Luc Besson afirmou que o filme é parte O Profissional, parte A Origem e parte 2001: Uma Odisseia no Espaço.
    Lucy acaba se metendo em uma grande enrascada quando é forçada a servir de mula para uns traficantes asiáticos de uma nova droga cujo efeito é aumentar a capacidade do cerebral. Os humanos usam apenas 10% dela segundo o filme. O interessante desse início de filme é a comparação com comportamentos do mundo animal chamando atenção para a teoria evolutiva, tema central do filme. E quando ela começa a descobrir o que ela pode fazer, surge Morgan Freeman, professor estudioso dessas teorias, explicando ao expectador a situação. Achei uma sacada genial.
    O que eu achei forçado foi os "poderes"que ela adquiriu, fica tudo muito fácil para ela. Não acho que o cérebro se desenvolveria dessa maneira. Confesso que isso me incomodou um pouco. Só não ficou muito clichê porque ela foca em um objetivo e vai atrás dele. Em um dado momento do filme, pensei que ele daria uma ótima série de tv e lembrei das duas séries que fizeram de Nikita, também do Besson, que não deram muito certo. Quem sabe?

    sábado, 6 de setembro de 2014

    Exposição Salvador Dalí

    Depois de muita procrastinação, finalmente fui ver a exposição do Salvador Dalí no CCBB. Confesso que fiquei enrolando por medo de pegar fila, mas fui logo que abriu e estava vazio.
    A mostra tem obras do início da carreira dele que são até normais, mas foca mais no período surrealista que o deixou famoso. Mas o seu quadro mais conhecido, A Persistência da Memória, não estava lá, até fiquei meio frustrada com isso. Tinham outros que lembravam bastante, pareciam um protótipo.

    O que eu gostei bastante foi um chamado A propósito del «Discurso sobre la forma cúbica» de Juan de Herrera. Juan de Herrera foi um arquiteto e matemático do século VI. No quadro, vemos a ideia da representação por letras de coordenadas tridimensionais que Juan de Herrera generalizou baseado no trabalho de Ramon Llull. A obra também remete ao diagrama de Schlegel que, neste caso, consiste em um modelo tridimensional para o hipercubo. Inclusive tem um monumento com esta representação em Madri. Descobri que tem muita matemática e até a teoria de relatividade de Einstein nas obras de Dalí, ele era um estudioso da área. Ele também tinha influência de Freud.

    Além dos quadros, vemos gravuras e fotografias dele e o filme no qual ele ajudou Hitchcock a fazer. Ele se meteu em muita coisa, como os artistas costumam fazer mesmo. Segue algumas que eu gostei mais.

    Lys (Lilium musicum)Begonia (Anacardium recordans)
    Estudo para 50 quadros abstratos que a 2 metros convertem-se em  3 Lenines
    disfarçados de chinês e a seis metros formam a cabeça de um tigre real

    sábado, 30 de agosto de 2014

    O Negócio - 2a Temporada

    Semana passada foi a estreia da 2a temporada de O Negócio. Eu estava super animada, porque gostei bastante da 1a temporada. A maneira de se aplicar as estratégias de marketing no negócio delas me interessava bastante. A sensação que tive com esse primeiro episódio da segunda temporada é que isso vai ficar um pouco de lado, o que não me agrada, para focar um pouco mais na vida pessoal das três protagonistas. É claro que a série tem que evoluir, ir para novos horizontes, mas não devemos esquecer da essência da série que é usar o marketing no ramo da prostituição.
    Esquecendo esse meu receio, o primeiro episódio deu bem o tom da temporada. Além de elas terem que lidar com a pirataria, Karen/Joana tem que conciliar o trabalho com o namoro. Enquanto isso, Luna lida com o namorado real e o de mentira que começa a causar problemas. Já Magali, linda de visual novo linda (dá um ar mais moderno para ela), enfrenta um dilema envolvendo uma grande amiga. Vamos ver amanhã como essas tramas se desenrolam.

    domingo, 24 de agosto de 2014

    A Espuma dos Dias

    Não sei nem como começar a falar desse filme de tão louco que é. A Espuma dos Dias (L'Écume de Jours) se passa em mundo completamente absurdo, extravagante e colorido onde coisas inimagináveis são naturais como, por exemplo, um piano que faz drinks a partir da música tocada. Baseado no livro homônimo de Boris Vian, lembrou-me bastante de Pele de Asno. Depois descobri que já havia uma adaptação chamada A Espuma da Vida de 1968, mesma época de Pele de Asno. Para ter uma ideia da loucura do filme também, é do mesmo diretor de Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças.
    O filme conta a história de um homem que tem uma vida confortável vivendo de rendas e cercado de amigos, mas ele ainda quer se apaixonar. Neste momento, ele conhece uma moça delicada e suave que o faz lembrar do jazz de Duke Ellington. O mais interessante do filme é que o ambiente do casal reflete a relação dos dois. Quando ela tem um problema de saúde, tudo a volta deles começa a desmoronar. Assim como me encantei com as cores e o inusitado alegre e, até certo ponto ingênuo, do início do filme, me entristeci com as cores desbotadas e o universo se deteriorando do final.

    domingo, 17 de agosto de 2014

    2048

    Uma amiga me falou que estava viciada em um jogo chamado 2048, aparentemente, a nova sensação depois de Candy Crush. E eu nunca tinha ouvido falar. A primeira coisa que me veio a cabeça foi a série Almost Human que se passava nesse ano. Fui pesquisar e adivinhem? Me viciei também.
    O jogo consiste em um quadrado 4x4 e blocos com potências de 2. Juntando dois blocos iguais que estão um do lado do outro, obtém-se um com uma potência maior. O objetivo é formar o número 2048. Parece simples, mas exige raciocínio para mover as peças e não faltar espaço. Depois você pode até continuar e tentar formar potências maiores: 4096, 8192, ...



    sábado, 9 de agosto de 2014

    Enquêtes Réservées


    Percebi que meu inglês melhorou muito depois de começar a assistir séries americanas sem dublagem. Então, para melhorar meu francês, resolvi fuçar a programação da TV5 atrás de séries francesas. A que mais me interessou foi uma chamada Enquêtes Réservées, série de investigação policial passada em Marseille. Ainda estou me ambientando com a série, vi somente dos episódios. O chato é que passa de madrugada e eu tenho que acordar cedo no dia seguinte (ou no mesmo).
    Além dos crimes de cada episódio que eles resolvem, tem a trama de cada personagem se desenvolvendo durante os vários episódios. E isso trás uma aproximação com o espectador. Gostei da série logo de cara. Ela teve 6 temporadas e acabou ano passado.

    domingo, 3 de agosto de 2014

    Guardiões da Galáxia

    Que filme divertido. Já estava ouvindo as pessoas falarem bem, mas não imaginei que fosse ficar genuinamente feliz ao sair do cinema após assistir Guardiões da Galáxia. E olha que eu estava meio desconfiada, com medo de não gostar por não conhecê-los. Mas a Marvel sabe fazer filme.
    Diversos foras da lei se unem, cada um com um objetivo distinto, para combater Ronan, o Acusador, que pretende destruir a galáxia. A questão é que eles não se entendem (possivelmente por seus objetivos diferentes) e são repletos de humor como, por exemplo, Drax e sua incapacidade de entender metáforas e Peter Quill e sua trilha sonora oitentista que dá um toque especial ao filme.
    Confesso que o que mais me atraia no filme era ver a Karen Gillan, que foi uma das companheiras do Doctor Who, como Nebula. Ela inclusive raspou a cabeça para o papel. 
    E a Marvel acertou também no marketing do filme em cima do Vin Diesel dublar a árvore Groot. A única fala dele é "Eu sou Groot." e ele dublou em 6 idiomas diferentes. Você pode conferir no video abaixo. Outra curiosidade é que a cidade de Xandar foi inspirado nos trabalhos do arquiteto espanhol Santiago Calatrava que fez, entre outras coisas, a Cidade das Artes e das Ciências em Valência, Espanha. E por falar em formas e geometria, a nave do Ronan é linda, parece um helicoide.

    sábado, 26 de julho de 2014

    O Poderoso Chefão



    Vi que ia passar na tv e me programei para ver O Poderoso Chefão e melhorar minha deficiência cinematográfica. Todo mundo comenta e fala desse filme, é um clássico do cinema. Faltavam 10 minutos para terminar o filme e faltou luz aqui em casa. Que raiva que eu fiquei de não poder ver o final do filme. Demorei tanto para vê-lo. Ainda bem que ela voltou rapidinho e (acho que) não perdi quase nada. Deu para ver o final que, aliás, achei muito bom. É muito bom ver esses grandes atores nos papéis que o consagraram como Al Pacino (que eu quase não reconheci de tão novinho, rs) e Marlon Brando. Descobri que ele queria que Don Corleone se parecesse com um bulldog, então ele colocou algodão nas bochechas na audição. Depois nas filmagens, ficou por conta do maquiador. Olha a foto que eu achei.
    Não tinha a menor ideia da história do filme, quero dizer, é claro que eu sabia que era sobre uma família de mafiosos, mas não sabia dos detalhes da trama que mostra como filho correto (Al Pacino) que nunca quis participar dos negócios da família acaba tomando a frente quando o pai (Brando) sofre um atentado. O filme fala acima de tudo de família. Falando assim, parece que o filme é sobre o personagem de Al Pacino, mas Marlon Brando foi indicado (e ganhou) ao Oscar de Melhor Ator e Al Pacino de Ator Coadjuvante. Al Pacino ficou tão revoltado que boicotou a premiação alegando que aparecia na tela a mesma quantidade de tempo que Brando.

    sábado, 19 de julho de 2014

    O Teorema Zero


    Ainda estou tentando entender o filme. O filme é muito louco. O personagem do Christoph Waltz (que está careca e mais parece o John Malkovich) trabalha numa empresa e o seu trabalho parece ser jogar video-game o dia inteiro. Só parece, na verdade ele é um programador/hacker ou algo assim, mas a maneira como ele faz é como se fosse video-game. Ele é um sujeito que tem medo de tudo e implora pela chance de trabalhar em casa (na verdade é uma igreja) e não ter que sair e encontrar com pessoas. Como ele é um dos funcionários mais produtivos, o gerente (que só fui descobrir ser o Matt Damon nos créditos) resolve lhe dar uma tarefa árdua: resolver o Teorema Zero, que seria o teorema que tem a resposta para o sentido da vida (tema recorrente nos filmes do Terry Gilliam). Claro que ele não aguenta a pressão. Nesse ponto, o filme me lembrou bastante Pi, pertubador demais. O visual do filme tem personalidade, mistura o urbano poluído e o gótico imponente. A trilha sonora que conta com uma versão de Creep (Radio Head) feita por Karen Souza.

    sábado, 12 de julho de 2014

    Carrie, a Estranha

    Outro filme da lista que vi recentemente. Todo mundo conhece a cena famosa do filme Carrie, a Estranha (o original de 1976) no baile de formatura. Eu achei que a cena fosse no início do filme e seria o catalizador para a estranheza da menina que sofria bullying na escola, mas não. A cena é quase no final. O catalizador foi sua primeira menstruação no vestiário do colégio. Ela não sabia o que era, entra em desespero e é zoada pelas outras meninas. É de se entranhar o fato de ela não saber o que é isso, mas depois que se conhece a mãe, uma religiosa bitolada que vê pecado em absolutamente tudo, parece até normal. Aliás, me impressionou a articulação com que ela fala com a mãe, imaginei que uma pessoa reprimida como ela foi não teria coragem para falar com a mãe daquele jeito. Junto com a menstruação vem os poderes dela que, posteriormente, usa para se vingar. Eu não sabia, mas o filme é com o John Travolta. E foi o primeiro livro do Stepehn King adaptado para o cinema.

    quarta-feira, 2 de julho de 2014

    Jogo Chorado - Uma Reflexão

    Foto de Antonio Milena
    Sinto que tenho que falar sobre a seleção brasileira. Todos falam que a seleção está muito emotiva, com os nervos a flor da pele, como se isso fosse algo negativo. Não acredito que seja. A Maitê Proença falou no programa Extraordinários exatamente o que eu penso sobre isso. Fiquei muito feliz de ter alguém que compartilhe da minha opinião e a tenha expressado de forma tão objetiva (eu ainda não tinha tanta consciência para tal).
    Procurei o vídeo para postar, mas não achei. Então vou tentar colocar aqui em palavras. As emoções à flor da pele mostram que eles estão ali inteiros com sua força e fragilidade, presentes.
    Tenho medo de que a atenção que a pressão sobre esse fato atrapalhe  o desempenho dos nossos homens, de eles se sentirem reprimidos em suas emoções e se reprimirem dentro de campo também. Claro que eu percebo uma ansiedade dos jogadores, a pressão que eles sentem para mostrar resultado. E eu sinto também que esse choro catártico é o que os protege de tudo isso em volta deles. Não é lugar para catarse? Pode ser, mas ela vem, quando vem. E eu considero isso mais importante que um jogo.

    quinta-feira, 26 de junho de 2014

    França x Equador

    No jogo França x Honduras, o Rio estava lotado de argentinos já que eles jogavam no Maracanã. Quem jogava lá essa vez era França x Equador nessa pela tarde de inverno. Tentei comprei ingresso para esse jogo, mas não consegui. Tive que me contentar com o jogo no telão da praia que não estava tão cheia de argentinos dessa vez (eles estavam no sul), mas o resto da América latina estava muito bem representada.
    Logo que cheguei lá passou um grupo de franceses conversando entre eles. Um menino que devia ter uns 5 ou 6 anos comentou com a mãe: "Mãe, eles tam falando um monte de coisa diferente." No que a mãe respondeu: "É outra língua, por isso que eu quis te trazer aqui, para você conhecer essas coisas." Fico encantada com esse comportamento das crianças de achar tudo diferente e se deslumbrar com isso. Devíamos manter isso quando adultos.
    Cheguei um pouco cedo para o jogo, então fui ver os ursos no final do Leme. Você pode pensar que os ursos não são animais típicos do Brasil, então o que eles estão fazendo aqui? É uma exposição chamada Buddy Bears - A Arte da Tolerância organizada pelo consulado da Alemanha em comemoração ao ano da Alemanha no Brasil com o intuito de promover a união entre os povos.
    Aqui estão alguns que eu gostei mais.
    Brasil (lindão)CanadáCroácia

    FrançaMéxico


    Este último, além do rosto do Einstein que vocês estão vendo aí, tem uma citação dele que resume a ideia da exposição:


    Peace cannot be kept by force. It can only be achieved by understanding.

    (A paz não pode ser mantida à força. Só pode ser conseguida pela compreensão.)


    O jogo, apesar de não ter tido gol, foi bem empolgante. Eu estava com a camisa da França, mas torcia para o Equador (ganhar com 6 gols de diferença). Queria a França como 2a do grupo para disputar a final com o Brasil. Já não será mais possível. O pessoal não estava tão animado quanto no outro jogo, talvez pelo fato de não ter tido gol. Mas estavam prestando toda a atenção no telão.

    Depois do jogo dei um pulinho na loja oficial. Ainda bem que não vendem lápis, senão é claro que eu ia comprar. Só tinha caneta. E como minha síndrome de turista está atacadíssima, não pude deixar de tirar uma foto com o boné do Fuleco.

    domingo, 22 de junho de 2014

    Clube de Compras Dallas


    Eu e uma amiga, fãs do Johnny Depp, tínhamos combinado a tempos ver O Cavaleiro Solitário, uma desculpa também para nos encontrarmos. Demoramos tanto que o filme não estava mais disponível. Resolvemos assistir Clube de Compras Dallas, um filme que eu estava curiosa para ver, mas não a ponto de me esforçar para isso. Então foi uma boa escolha. O filme ganhou notoriedade pela aparência do Matthew McConaughey que emagreceu 20 kg para viver o personagem, um caubói que descobre que está com AIDS. Confesso que o foco sobre esse aspecto do filme me desanimou um pouco, como um chamariz em detrimento de um roteiro desinteressante. Ainda bem que me enganei.
    Como já falei, o Matthew McConaughey faz um caubói machão e preconceituoso, na década de 80, que descobre que está com AIDS e tem um mês de vida. Depois de um período de negação motivado pelo preconceito de que AIDS é coisa de gay, ele cai na real e vai correr atrás de tratamento a qualquer custo. Rejeitado pelos amigos, encontra acolhimento na classe que ele próprio rejeitava na figura do travesti vivido pelo Jared Leto, outro que emagreceu horrores para viver o papel. Os dois atores ganharam o Oscar, respectivamente, de melhor ator e ator coadjuvante. Com o AZT ainda em fase de testes e resultados duvidosos, os dois correm atrás de tratamento mais eficazes em outros países comprando briga com a indústria farmacêutica. Apesar do filme ser baseado em fatos reais, o personagem de Leto não existiu, assim como o da médica interpretada por Jennifer Gardner, mas interessada na saúde dos pacientes do que no dinheiro que o novo medicamento ia fazer. O filme também levou o Oscar de maquiagem com um orçamento de apenas 250 dólares.
    Aliás, Matthew McConaughey deixou aquelas comédias românticas bobinhas e resolveu investir em filmes mais dramáticos, que exigem mais dele como ator, uma ótima. Passei a respeitá-lo mais.

    terça-feira, 17 de junho de 2014

    E a Copa do Mundo Começou

    E entre vai ter ou não vai ter Copa, eu diria que está tendo mais ou menos. Confesso que estava ansiosa pelo seu início e com a abertura. Até comprei bandeirolas para enfeitar a casa. Nunca liguei para as cerimônias, mas, como é aqui no Brasil, o espírito patriota bateu. E fiquei frustrada com ela como todo mundo. Que apresentação mais sem graça. Depois eu descobri que quem organiza a abertura é a FIFA e não o Brasil. Entendi porque ela foi fraca, mas não menos revoltada, afinal é a cara do Brasil que aparece. E a FIFA faz um monte de exigências e, na parte dela, nos apresenta isso. Mas não quero entrar mais nesse detalhe, quero falar da Copa no geral.
    O jogo do Brasil me deixou tensa, quero dizer, não foi tão fácil, parecia que não engatava. Mas mesmo assim foi 3 a 1 e eu acertei o bolão da família. É meio uma tradição da família de nos encontrarmos  para ver o jogo todo mundo junto e aproveitar e comemorar o aniversário, neste jogo, foi do marido da minha madrinha.
    A Copa começou confusa com os gols anulados do México, a goleada da Holanda sobre a Espanha que rendeu muitas piadas (fiquei triste pelo Casillas, estava tão desolado), o uso da tecnologia para conferir se a bola entrou no gol (achei que nem fosse ser necessária, mas foi crucial no gol da
    França).
    O jogo da França, inclusive, fui ver no telão em Copacabana. Achei que fosse encontrar muitos franceses, mas encontrei mesmo foi argentinos. Nunca vi tanto argentino junto, eles realmente invadiram o Rio de Janeiro. Achei que fosse ser tranquilo, calmo, que nada. Os franceses estavam numa agitação só, cantaram e pularam o tempo todo. Nem fez falta não tocarem o hino no início do jogo (aliás, outra vergonha da Copa), eles cantaram sozinhos. O Brasil fez escola.

    segunda-feira, 9 de junho de 2014

    Coraline



    Este livro infanto-juvenil de fantasia e terror (estava na prateleira da livraria na seção para 11 anos) do Neil Gaiman já virou filme à la Tim Burton (a direção é de Henry Selick, mas poderia facilmente ser do Burton). Como vi pela internet, é para crianças, só se for os filhos do Tim Burton. Coraline é um livro de leitura rápida que tem a atmosfera gótica, fantasiosa e assustadora dos filmes do Burton e a cara do Neil Gaiman também. Eu vi o filme primeiro e algo que me chamou atenção foi a cena das abelhas (não vou dar spoiler, leiam para ver qual é, que vale a pena), que não tem no filme, e eu achei maravilhosa. É um jeito bem lúdico que ele arrumou para falar sobre medo e coragem.

    domingo, 1 de junho de 2014

    X-Men: Dias de um Futuro Esquecido

    Mais um filme dos x-men. Nesse Dias de um Futuro Esquecido, o melhor de tudo foi que o terceiro filme da série, Confronto Final, é ignorado. Acho que o título ideal seria Dias de um Filme Esquecido, já que ele tem um monte de furos de acordo com a continuidade da franquia. Outro ponto são as garras do Wolverine que, no presente, são de metal, mas, considerando Wolverine: Imortal, elas voltaram a ser de osso. Inclusive, a cena pós-crédito deste filme relaciona os dois.
    Mas ignorando tudo isso e não levando muito a sério (o que às vezes é bem difícil) dá até para aproveitar. A cena do Mercúrio na cozinha é muito legal, diria que a melhor do filme. Detalhe que ele faz tudo ouvindo música, acho que devia na 'rotação rápida'. Falando das garras de osso do Wolverine de novo, eu imagino que ele acerta-las nos sentinelas iriam quebrá-las. Será que regenera tão rápido assim? Acho meio forçado. A primeira vez que o Logan encontra o Xavier no passado, para mim, foi um choque ver o Xavier daquele jeito, nunca imaginei ou esperei isso. O James McAvoy é como o Viggo Mortensen. Fica bem melhor com o estilo largadão.
    Na HQ, quem volta para o passado em vez do Logan é a Kitty Pryde. Aqui, ela é quem manda os outros para o passado, que nos quadrinhos era o papel da Rachel Summers, filha do Scotty e da Jean, que, aqui, não existiria pois eles morreram no outro filme. Outro que pode não existir é o Noturno já que o Azazel morreu. O ponto é: foi antes ou depois de ele ter conhecido a Mística mais a fundo. Nunca saberemos. O assassinato que eles tem que impedir quem comete é a Mística e, por conta disso, conseguem o DNA dela para aperfeiçoar os sentinelas. Eu acho que faz muito mais sentido o DNA da Vampira do que o da Mística, mas como se passa nos anos 70, capaz dela não existir ainda. Outra coisa foi o Cérebro, achei ele muito moderno para a década de 70.
    Três curiosidades: dois comandantes da Enterprise aparecem no filme, os dois falando de viagem no tempo. Adorei essa referência. Outra é o comentário do Mércurio no elevador se referindo ao Magneto. O ator que interpreta o Mercúrio o descreveu como "alguém que fala rápido e se move rápido. O resto do mundo é devagar comparado a ele. É como se ele estivesse sempre na fila do caixa eletrônico esperando o cara da frente terminar." Imaginei que tédio deve ser a vida dele.

    segunda-feira, 26 de maio de 2014

    Burning Symphony

    Todo mês de maio no Rio de Janeiro acontece o RioHarpFestival que consiste em várias apresentações com harpa, instrumento que sempre admirei, mas é difícil ter acesso, não é muito popular. Em 2010, assisti ao show/concerto de Jonathan Faganello. O que me chamou a atenção foi o repertório: Iron Maiden, Black Sabbath, Deep Purple na harpa. Foi surpreendente! Juntou duas coisas que eu adoro: harpa e heavy metal. Daí em diante, sempre que pude, fui assisti-lo. De uns anos para cá, ele trás a sua banda Burning Symphony composta pela harpa, violoncelo, flauta e bateria, uma combinação inusitada para um repertório de heavy metal. Semana passada teve mais uma apresentação deles. Entre Iron Maiden, Nightwish e Black Sabbath, uma novidade para mim: o tema de Game of Thrones, me deu arrepios. Outra novidade foi Heaven and Hell do Black Sabbath. Geralmente eles tocavam Paranoid, mas dessa vez mudaram e foi maravilhoso também. Adoro essa música. Ano que vem tem mais!!!

    sábado, 17 de maio de 2014

    Clube da Luta


    Um dos filmes que estava na minha listinha para ser visto era Clube da Luta. Ao contrário do que se diz no filme, todo mundo fala sobre o Clube da Luta. O filme é baseado no livro homônimo de Chuck Palahniuk que já falou que considerou o filme melhor que o livro. Coisa rara, mas, nesse caso, acho compreensível. O filme é perturbador e embarca fundo na sua proposta e ideias.
    Um final surpreendente que faz com que você tenha que ver o filme duas ou três vezes para pegar os detalhes. Mas o que me chamou mesmo a atenção foi a legenda. Horrível! Erros grotescos de ortografia. E não foi legenda baixada da internet como vocês podem pensar, foi do próprio DVD pego na locadora. Acho que se fosse da internet teria sido melhor. E imaginar que foi um trabalho de uma grande empresa, profissional, realmente não dá pra acreditar.
    Além dos protagonistas, Edward Norton e Brad Pitt, o filme conta com a Helena Bohan Carter e Jaret Leto, que só fazem papeis estranhos, e Meat Loaf. O engraçado da participação do Meat Loaf é que ele faz o papel de um paciente de câncer de próstata que perdeu as bolas e começou a desenvolver mamas por causa do tratamento. Imediatamente lembrei da cena de Notting Hill em que Hugh Grant e Julia Roberts falam dos seios de Meat Loaf. Os dois filmes são do mesmo ano.

    segunda-feira, 31 de março de 2014

    Estourando Plástico Bolha


    Eu adoro estourar plástico bolha. Antes eu costumava estourar na mão, um por um. Mas ficava meio irritada quando estava chegando no final, porque ficava difícil de encontrar algum que ainda não tinha sido estourado. Felizmente descobri uma outra maneira que me agradou muito. Agora eu coloco no chão e piso, dançando em cima do plástico. É ótimo. Vai um monte de bolhas de uma vez só. Acaba mais rápido, mas é muito melhor. E não tem mais o problema de não encontrar bolha para estourar.


    P.S.: Descobri que agora existe plástico bolha colorido. É lindo.

    domingo, 30 de março de 2014

    Ela


    Recentemente fui ver Ela, filme do Spike Jonze. Desde que vi Quero Ser John Malkovich, fiquei impressionada com ele. Claro que o roteiro do Charlie Kaufman contribuiu bastante. Pois bem, em Ela, Jonze dirigiu e escreveu e, poderia muito bem ter sido o Kaufman. A maneira sem julgamento como é abordado o relacionamento do personagem do Joaquin Phoenix com a sua sistema operacional (voz da Scarlett Johansson) coloca questões interessantes para pensar. Por exemplo, no que se baseia um relacionamento, ou como ele anda (para frente ou para trás), a solidão humana. Adoro esse tipo de filme. O visual retrô anos 70 do filme também é muito legal. Quem espera um futuro anos 70? O filme realmente preencheu um pouco dos meus vazios e dúvidas existências. Saí do filme com um que de melancolia e leve e curiosa. Outro filme recente que fez isso foi Questão de Tempo, também ótimo.