Eu e uma amiga, fãs do Johnny Depp, tínhamos combinado a tempos ver O Cavaleiro Solitário, uma desculpa também para nos encontrarmos. Demoramos tanto que o filme não estava mais disponível. Resolvemos assistir Clube de Compras Dallas, um filme que eu estava curiosa para ver, mas não a ponto de me esforçar para isso. Então foi uma boa escolha. O filme ganhou notoriedade pela aparência do Matthew McConaughey que emagreceu 20 kg para viver o personagem, um caubói que descobre que está com AIDS. Confesso que o foco sobre esse aspecto do filme me desanimou um pouco, como um chamariz em detrimento de um roteiro desinteressante. Ainda bem que me enganei.
Como já falei, o Matthew McConaughey faz um caubói machão e preconceituoso, na década de 80, que descobre que está com AIDS e tem um mês de vida. Depois de um período de negação motivado pelo preconceito de que AIDS é coisa de gay, ele cai na real e vai correr atrás de tratamento a qualquer custo. Rejeitado pelos amigos, encontra acolhimento na classe que ele próprio rejeitava na figura do travesti vivido pelo Jared Leto, outro que emagreceu horrores para viver o papel. Os dois atores ganharam o Oscar, respectivamente, de melhor ator e ator coadjuvante. Com o AZT ainda em fase de testes e resultados duvidosos, os dois correm atrás de tratamento mais eficazes em outros países comprando briga com a indústria farmacêutica. Apesar do filme ser baseado em fatos reais, o personagem de Leto não existiu, assim como o da médica interpretada por Jennifer Gardner, mas interessada na saúde dos pacientes do que no dinheiro que o novo medicamento ia fazer. O filme também levou o Oscar de maquiagem com um orçamento de apenas 250 dólares.
Aliás, Matthew McConaughey deixou aquelas comédias românticas bobinhas e resolveu investir em filmes mais dramáticos, que exigem mais dele como ator, uma ótima. Passei a respeitá-lo mais.
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