domingo, 24 de agosto de 2014

A Espuma dos Dias

Não sei nem como começar a falar desse filme de tão louco que é. A Espuma dos Dias (L'Écume de Jours) se passa em mundo completamente absurdo, extravagante e colorido onde coisas inimagináveis são naturais como, por exemplo, um piano que faz drinks a partir da música tocada. Baseado no livro homônimo de Boris Vian, lembrou-me bastante de Pele de Asno. Depois descobri que já havia uma adaptação chamada A Espuma da Vida de 1968, mesma época de Pele de Asno. Para ter uma ideia da loucura do filme também, é do mesmo diretor de Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças.
O filme conta a história de um homem que tem uma vida confortável vivendo de rendas e cercado de amigos, mas ele ainda quer se apaixonar. Neste momento, ele conhece uma moça delicada e suave que o faz lembrar do jazz de Duke Ellington. O mais interessante do filme é que o ambiente do casal reflete a relação dos dois. Quando ela tem um problema de saúde, tudo a volta deles começa a desmoronar. Assim como me encantei com as cores e o inusitado alegre e, até certo ponto ingênuo, do início do filme, me entristeci com as cores desbotadas e o universo se deteriorando do final.

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